Wednesday, May 8, 2019

Depressão: o que fazer?



Como reconhecer os sintomas da depressão e que quando procurar um psiquiatra?

A mais nova versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM- 5), o principal guia para profissionais da área da saúde mental, possui critérios utilizados para o diagnóstico e classificação dos estados depressivos.
Para o reconhecimento da depressão, o paciente precisa ter experimentado cinco ou mais dos seguintes sintomas por, pelo menos, duas semanas. Além disso, necessariamente, deverá apresentar ao menos uma das duas primeiras manifestações abaixo. São elas:
Humor deprimido e desesperança na maioria dos dias;
Perda de interesse ou prazer em atividades, na maior parte dos dias, que antes eram prazerosas;
Acentuada perda ou ganho de peso ou de apetite;
Insônia e sonolência excessiva;
Agitação ou retardo psicomotor observáveis por outros;
Cansaço e falta de energia para realizar as tarefas mais básicas;
Excessivo sentimento de culpa e inutilidade;
Dificuldade de concentração, de pensar e de tomar decisões;
Recorrentes pensamentos suicidas e de morte.
Em geral, quando se trata de depressão, estes sintomas estão presentes na maior parte do dia, prejudicando, e muito, a qualidade de vida do paciente.


Quem profissional procurar: um psiquiatra, um psicólogo?

Embora pareça simples detectar a Depressão, já que alguns sintomas são muito característicos do transtorno, é muito importante que o diagnóstico seja realizado por um profissional qualificado. E o ideal é procurar um psiquiatra – médico com foco em transtornos mentais. Na consulta, o paciente terá a oportunidade de relatar seus sentimentos, pensamentos e sofrimentos emocionais, assim como dizer quando começou a se sentir assim, se já sofreu esses episódios em outras épocas, e etc. De posse dessas informações, que também podem ser coletadas via testes e/ou questionários, o psiquiatra terá subsídios para diagnosticar se, de fato, aquela pessoa está sofrendo de Depressão, qual a gravidade do transtorno e, assim, recomendar o tratamento adequado para o caso.

A abordagem deve ser feito somente com o psiquiatra?

Não, muitos especialistas podem estar envolvidos no tratamento da Depressão. Por exemplo: enquanto o psiquiatra, entre outras coisas, administra antidepressivos e outros tratamentos, o psicólogo pode se dedicar a descobrir, nas sessões de psicoterapia, as causas psíquicas por trás da doença para auxiliar o paciente a desmontá-las.
Além destes, outros profissionais podem estar envolvidos, como um nutricionista para contra-atacar eventuais compulsões alimentares ou, até mesmo, a falta de vontade de comer; um profissional de educação física, que auxiliaria no ajuste do ritmo e da frequência dos exercícios, proporcionando mais ânimo e bem-estar ao dia a dia do paciente, entre outros.

O tratamento mais utilizado é o medicamentoso, via administração de antidepressivos, que pode se dar de forma isolada ou combinada, preferencialmente, com sessões de psicoterapia. Isso porque as medicações equilibram as alterações fisiológicas, enquanto a psicoterapia aborda questões psicológicas. Além disso, em alguns casos, a eficácia dos antidepressivos pode ser limitada, devendo incluir estratégias de potencialização e combinações.

Quando as medicações não surtem efeito, por excesso de efeitos colaterais, por exemplo, ou quando não são recomendadas, como na gestação, pois podem afetar o embrião/feto, outros tratamentos podem ser indicados, como:
Estimulação Magnética Transcraniana (EMT): por meio de ondas magnéticas, tem como objetivo modular os neurotransmissores e restabelecer o funcionamento cerebral. Recomendada em casos leves e moderados.

Eletroconvulsoterapia (ECT): por meio de disparos cerebrais autolimitados, tem o objetivo de equilibrar os neurotransmissores e restabelecer o funcionamento cerebral. Realizada em ambiente Hospitalar, é mais recomendada em casos graves, refratários e com risco de suicídio.


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